Alejandro Ferrant

Alejandro Ferrant foi um renomado pintor espanhol, nasceu em Madrid em 1843 e faleceu em 1917. A sua habilidade artística abraçou uma ampla variedade de temas, desde história até géneros diversos como religião, paisagens, retratos e pintura decorativa. Estudou na prestigiada Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madrid, Alejandro Ferrant teve orientação e suporte do seu tio, Luis Ferrant, também um artista destacado e membro da academia. Foi apoiado e financiado pelo infante dom Sebastião, o que lhe proporcionou uma segurança financeira para o seu desenvolvimento artístico. Em 1874, recebeu uma bolsa do governo espanhol que lhe permitiu ir para Roma, onde continuou os seus estudos na Academia Espanhola de Belas Artes. Durante a sua estadia, fez amizade com renomados artistas como Francisco Pradilla, Casto Plasencia, Jaime Morera, Baldomero Galofre e Manuel Castellano. Participou em diversas exposições, tanto nacional quanto internacionalmente, ganhou reconhecimento significativo ao longo da sua carreira. Destacou-se na Exposição Nacional de 1878 ao receber o prémio máximo pela sua obra "Enterro de São Sebastião". Além disso, recebeu prémios e reconhecimentos na Exposição de Cádiz de 1866 e participou da Exposição de Roma de 1877. Alejandro Ferrant se destacou não apenas como pintor, mas também como um decorador. os seus trabalhos ornamentais podem ser apreciados em locais emblemáticos como o Palácio de Linares, em Madrid, o Oratório de Miramar, em San Sebastián, a Diputación Provincial de Pamplona, o Ministério da Educação em Madrid, o Palácio da Justiça em Barcelona e o Cassino de Zaragoza. A sua obra mais conhecida como decorador foi na igreja de San Francisco el Grande, em Madrid, onde trabalhou junto com Francisco Pradilla e Manuel Domínguez. Alejandro Ferrant dominava tanto o desenho quanto diversas técnicas pictóricas, como o fresco, óleo e aquarela. As suas obras são conhecidas pela sua paleta de cores sóbrias e elegantes, especialmente em retratos, que remetem à tradição barroca pelo uso de tons terrosos. A sua técnica baseava-se no domínio da mancha sobre o desenho, utilizando pinceladas soltas.